Quando o assunto é diversidade, o Brasil dá um show. Entre biomas e cidades, encontramos árvores nativas e exóticas amplamente difundidas. Abaixo, reunimos 10 árvores muito comuns no país, com nome científico, características marcantes e observações úteis para quem deseja reconhecê-las ou planejar plantios responsáveis. 🌳🍂
1) Aroeira (Schinus terebinthifolius)
Popularmente chamada de aroeira-vermelha ou “mansa”, é uma espécie nativa muito comum em áreas urbanas e litorâneas. Apresenta folhas compostas e frutificação em cachos de drupas vermelhas, bastante ornamentais.
Uso responsável: há diferentes espécies conhecidas como “aroeira”; evite uso medicinal sem orientação profissional. Para plantio urbano, confirme com a prefeitura a adequação ao local.
2) Bambu (subfamília Bambusoideae)
O termo “bambu” abrange diversas gramíneas lenhosas. É comum no paisagismo pela versatilidade e crescimento rápido. Seus colmos são usados em artesanato, móveis e construção.
Observação: muitas espécies são exóticas. Em áreas abertas, prefira cultivares controlados para evitar propagação indesejada.
3) Castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa)
Ícone amazônico, a verdadeira “castanheira” brasileira produz a castanha-do-pará (ou castanha-do-brasil), rica em nutrientes. É árvore de grande porte e longeva.
Curiosidade: depende de polinizadores específicos e de ambientes conservados, reforçando a importância da floresta em pé.
4) Cedro-brasileiro (Cedrela fissilis/Cedrela odorata)
Nativo da Mata Atlântica e outros biomas, fornece madeira valorizada. Pode atingir grande porte e apresenta folhas compostas e tronco reto.
Uso em restauração: por seu crescimento relativamente rápido, figura em projetos de reflorestamento e recuperação ambiental.
5) Jatobá (Hymenaea courbaril)
Nativo da Amazônia e da Mata Atlântica, é reconhecido pelo tronco robusto e madeira muito resistente. A casca e a resina têm usos tradicionais, e a espécie é comum em áreas de floresta e também em paisagismo de grandes espaços.
Atenção: devido ao porte adulto, seu uso em calçadas estreitas não é recomendado.
6) Juazeiro (Ziziphus joazeiro)
Clássico da Caatinga, resiste a longos períodos secos graças às raízes profundas. Possui ramos espinhosos e copa densa. Mesmo adaptado à aridez, também se desenvolve em áreas mais úmidas.
Porte: geralmente entre 5 e 12 m, com vida longa.
7) Pau-brasil (Paubrasilia echinata)
Árvore nativa da Mata Atlântica, de tronco com acúleos em ramos jovens e madeira historicamente utilizada na extração de corante. Apresenta flores amarelas e vagens escuras.
Conservação: espécie simbólica do país e alvo de esforços de proteção e recuperação de populações naturais.
8) Pinus
Gênero de coníferas exóticas amplamente plantadas no Sul e Sudeste em silvicultura. Reconhecíveis por acículas (folhas em forma de agulha) e pinhas.
Nota de manejo: algumas espécies podem se tornar invasoras em áreas naturais; o plantio deve seguir normas técnicas e ambientais.
9) Seringueira (Hevea brasiliensis)
Nativa da bacia amazônica, fornece o látex para a produção de borracha. A madeira é clara e relativamente leve. A cultura da seringueira está presente em diferentes estados brasileiros.
Identificação: folhas compostas trifolioladas e corte em meia-lua no tronco para coleta de látex (em cultivos).
10) Oliveira (Olea europaea)
Espécie exótica originária do Mediterrâneo, adaptada a regiões de clima mais ameno no Brasil. Produz azeitonas (origem do azeite) e é apreciada também pelo valor paisagístico e longevidade.
Cultivo no país: avança em áreas de altitude e inverno mais frio, com linhas comerciais e produção artesanal.
Essas são algumas das árvores mais presentes no cotidiano brasileiro, combinando espécies nativas e exóticas. Ao planejar plantios, priorize espécies nativas, avalie o porte adulto e consulte as normas municipais para garantir segurança, biodiversidade e bom convívio com a infraestrutura urbana. Cuidar das árvores é cuidar do nosso futuro.