A estiagem intensa que afeta o Rio Grande do Sul tem causado impactos significativos na produção agropecuária, levando vários municípios a decretarem situação de emergência.
A pecuária e a agricultura, especialmente as lavouras de sequeiro e irrigadas, estão entre os setores mais afetados pela escassez hídrica.
Além disso, a valorização do dólar aumenta os custos de produção, colocando os produtores em alerta e exigindo estratégias para minimizar prejuízos e evitar endividamentos excessivos.
Nesse contexto, o advogado Roberto Bastos Ghigino, da HBS Advogados, destaca a importância de os produtores que contrataram seguro agrícola estarem preparados para acionar a cobertura em caso de perdas significativas.
Para isso, é essencial apresentar um laudo técnico detalhado, elaborado por um profissional habilitado, que estabeleça a relação entre os danos à produção e os efeitos da estiagem.
Ghigino enfatiza que, mesmo para culturas irrigadas, cujo planejamento hídrico é crucial na contratação do seguro, a severidade da estiagem pode comprometer a disponibilidade de água ao longo do ciclo produtivo.
Variações atípicas de temperatura e a ausência prolongada de chuvas podem justificar o acionamento da cobertura securitária, desde que comprovem que os danos foram consequência direta da estiagem e não de falhas no planejamento hídrico.
Portanto, produtores que registraram perdas em lavouras irrigadas devem avaliar a viabilidade de acionar o seguro, garantindo que a documentação técnica comprove o nexo de causalidade entre a estiagem e as perdas produtivas.
A recomendação é que os produtores atuem de forma preventiva, mantendo registros detalhados e assegurando que toda a documentação esteja em conformidade com as exigências da apólice contratada, o que garante maior segurança na solicitação da indenização.
Fonte: Portal do agronegócio