O Brasil, líder mundial na produção de café há mais de 150 anos, enfrenta desafios para manter sua produtividade.
A safra de 2025 deve ser de 51,8 milhões de sacas beneficiadas, uma queda de 4,4% em relação à anterior, segundo a Conab.
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No entanto, a adoção da fertirrigação, que combina água e nutrientes no sistema de irrigação, pode ser uma solução para aumentar a eficiência produtiva e a sustentabilidade da cultura.
Tradicionalmente cultivado em regime de sequeiro, o café sofre com desafios climáticos, como as secas severas desde 2021.
Em 2023, cerca de 450 mil hectares foram irrigados, com demanda crescente no Sul de Minas. Estudos da Fundação Procafé indicam que a fertirrigação pode elevar a produtividade em até 16 sacas por hectare ao ano. No Espírito Santo, produtores de café conilon alcançam até 100 sacas por hectare, bem acima da média estadual de 40 sacas por hectare.
No Cerrado Mineiro, a adoção da fertirrigação é limitada por sistemas antigos e ineficientes. Regiões como a Alta Mogiana e o Sul de Minas ainda adotam pouco essa prática, mas o interesse está crescendo.
A técnica permite um manejo mais preciso e melhor aproveitamento dos recursos naturais. Embora o custo inicial seja alto, o investimento pode ser recuperado em até dois anos.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) destaca que a agricultura irrigada, apesar de ocupar apenas 20% da área cultivada, contribui com mais de 40% da produção total de alimentos.
Isso reforça o potencial da fertirrigação para aumentar significativamente a produtividade do café brasileiro, fortalecendo a posição do país no mercado e colaborando para a segurança alimentar e a sustentabilidade do agronegócio.
Fonte: Agrolink