O preço da saca do milho subiu 5,5% recentemente, e novas altas estão no radar devido a vários fatores que influenciam o mercado. O atraso na segunda safra, a demanda aquecida e a entrada do México no mercado são alguns dos indicadores que apontam para essa tendência.
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Fatores que Influenciam os Preços
Existe a possibilidade de redução da área plantada de milho safrinha devido ao alto custo da ureia e do diesel, o que está atrasando o plantio, segundo a plataforma Grão Direto. Além disso, a incerteza sobre as linhas de crédito financiadas pelo próximo Plano Safra também impulsionou as cotações do grão para cima nos últimos dias.
Mercado Internacional e Nacional
Em Chicago, o milho encerrou a semana cotado a US$ 4,90 por bushel, uma queda de 1,21%. Já no Brasil, na B3, o contrato de milho para março de 2025 registrou uma alta expressiva de 5,48%, encerrando a R$ 85,10 por saca.
Perspectivas para o Mercado
No mercado físico, os preços do milho reagiram positivamente, acompanhando a valorização na B3, especialmente nas regiões produtoras com demanda aquecida. Analistas da Grão Direto destacam as seguintes tendências para o mercado:
- Plantio do Milho Safrinha: A semeadura em Mato Grosso atingiu a média dos últimos cinco anos, mas ainda está 12,7% atrás em relação à safra passada. O atraso pode resultar em colheita tardia e menor oferta, pressionando os preços.
- Demanda Aquecida: A alta dos preços do frango e suíno sustenta a demanda pelo milho, além da influência das usinas de etanol.
- Exportações: A forte demanda interna pode tornar o mercado doméstico mais competitivo que a paridade de exportação. Além disso, o atrito comercial entre México e Estados Unidos pode redirecionar parte da demanda mexicana para o Brasil e Argentina, favorecendo a valorização do cereal.
Com esses fatores em mente, a Grão Direto aposta na continuidade do cenário otimista para o milho, mas às custas de um mercado fragmentado e incerto.
Fonte: Canal Rural