Em 2023, o Brasil alcançou um marco histórico ao se tornar o maior exportador de milho do mundo, com um total de 55,9 milhões de toneladas exportadas, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A produção nacional naquele ano foi de aproximadamente 125 milhões de toneladas.No entanto, em 2024, as exportações de milho brasileiras sofreram uma queda significativa, atingindo 39,8 milhões de toneladas, uma redução de 28,8% em relação ao ano anterior.
A safra de 2024 foi estimada em 115 milhões de toneladas.
Conforme o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, essa diminuição nas exportações não se deve à menor produção, mas sim ao aumento da demanda interna.
O crescimento do complexo carne brasileiro, que inclui a produção de carne bovina, suína e de aves, elevou a necessidade de milho para ração animal.
Além disso, as usinas de etanol também aumentaram sua demanda, utilizando cerca de 25 milhões de toneladas de milho para a produção de biocombustível.Em 2024, o Brasil registrou recordes de exportação de proteína bovina, com um aumento de 26% em relação a 2023, totalizando 2,89 milhões de toneladas vendidas internacionalmente.
Esses fatores combinados levaram o Brasil a racionalizar suas exportações de milho, priorizando o mercado interno em detrimento das vendas externas.
A redução nas exportações de milho do Brasil em 2024 reflete mudanças significativas na dinâmica do mercado interno, com um aumento na demanda por milho para fins de ração animal e produção de biocombustível.
Essa tendência pode continuar a influenciar as estratégias de exportação do país nos próximos anos.
Fonte: https://www.canalrural.com.br/agricultura/demanda-interna-por-milho-cresce-e-exportacoes-diminuem-quase-30/