O mercado do milho experimentou uma forte valorização em fevereiro, impulsionada pela baixa oferta e pelo atraso na colheita da primeira safra.
Leia também:
- Dicas práticas para adubação orgânica e sustentável no seu cultivo
- Como cultivar e cuidar do Pachyphytum ‘Chiseled Stones Crested’ de forma eficaz
- Projeto Memórias do Brasil Rural: resgatando a história do agro brasileiro
- Dicas essenciais para cultivar e cuidar das suculentas
- BNDES destina R$ 216,6 milhões para armazéns no Brasil
De acordo com o boletim do Cepea, da Esalq/USP, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, que mede os preços na região de Campinas (SP), registrou uma alta de 13,1% até o dia 24 do mês, atingindo R$ 84,85 por saca de 60 kg – o maior valor nominal desde março de 2023.
A escassez de grãos no mercado interno resulta dos menores estoques de passagem e do ritmo mais lento da colheita.
A Conab informa que apenas 20,9% das lavouras nacionais haviam sido colhidas até 23 de fevereiro, contra 24,9% no mesmo período de 2024. Em São Paulo, o atraso é ainda mais significativo, com apenas 6% da área colhida, em comparação com os 20% do ano anterior.
Outro fator que reforça a alta é a relação estoque/consumo, que atingiu 2,5% ao final de janeiro, a menor taxa já registrada no Brasil.
Em janeiro de 2012, essa taxa era de 4,1%. Nas últimas semanas, agentes do mercado reduziram a oferta de vendas, esperando por preços ainda mais elevados, o que resultou em um aumento de 6,2% no Indicador ESALQ/BM&FBovespa nos últimos seis dias úteis.
O Cepea e a B3 estão trabalhando para aprimorar a metodologia de cálculo do Indicador, visando maior precisão nos valores divulgados. Ajustes metodológicos estão em análise e devem ser implementados em breve, após aprovação dos órgãos reguladores.
Fonte: Agrolink