Kalanchoe daigremontiana: A famosa suculenta Mãe de mil

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Kalanchoe daigremontiana, conhecida popularmente como Espinha-Dorsal-do-Diabo, Mãe-de-Milhares ou Planta-Jacaré, é uma suculenta ornamental famosa por sua capacidade de gerar pequenas mudas ao longo das bordas das folhas. De aparência exótica e crescimento vigoroso, é uma das espécies mais reconhecidas do gênero Kalanchoe.

Classificação científica

  • Família: Crassulaceae
  • Subfamília: Sedoideae
  • Tribo: Kalanchoeae
  • Gênero: Kalanchoe
  • Espécie: Kalanchoe daigremontiana Raym.-Hamet & H. Perrier

Sinônimo científico: Bryophyllum daigremontianum.

Diferenças entre espécies semelhantes

A Kalanchoe daigremontiana é frequentemente confundida com Kalanchoe laetivirens e Kalanchoe × houghtonii. No entanto, é possível distingui-las pelos seguintes detalhes:

  • K. daigremontiana: apresenta faixas roxas na parte inferior das folhas.
  • K. laetivirens: possui folhas completamente verdes.
  • K. × houghtonii: tem folhas mais estreitas e alongadas.

Etimologia

O epíteto “daigremontiana”, designado em 1914, homenageia o casal Madame e Monsieur Daigremont, membros da Sociedade Botânica da França.

Origem

Originária do sudoeste de Madagascar, a espécie cresce naturalmente em áreas rochosas e ensolaradas, sobre arenito ou calcário, especialmente no vale do rio Fiherenana e nas montanhas Androhibolava. Atualmente, está naturalizada em diversas regiões tropicais e subtropicais do mundo.

A Kalanchoe daigremontiana é uma suculenta de caule ereto ou levemente inclinado, que pode atingir até 1 metro de altura e cerca de 2 cm de diâmetro. Os caules são firmes, de coloração marrom-esverdeada e sem ramificações evidentes.

As folhas são opostas, triangulares a lanceoladas, medindo até 20 cm de comprimento e 3,5 cm de largura, com margens denteadas onde surgem pequenas mudas (propágulos) que se desprendem facilmente e enraízam com facilidade. A face superior das folhas é verde a verde-rosada, enquanto a inferior apresenta manchas arroxeadas.

Durante o inverno, exemplares maduros produzem flores pendentes em forma de sino, agrupadas em inflorescências ramificadas. As flores possuem cálice verde ou arroxeado e corola rosada a lilás, com cerca de 2 cm de comprimento. Após a floração, a planta entra em senescência e morre, característica típica de espécies monocárpicas.

Híbridos conhecidos

  • Kalanchoe × houghtonii
  • Kalanchoe ‘Pink Butterflies’

Como cultivar e cuidar

Luz

Prefere sol pleno, mas aprecia sombra parcial nas horas mais quentes do verão. Em ambientes internos, deve ser posicionada próxima a janelas bem iluminadas. A falta de luz pode causar estiolamento (alongamento excessivo do caule).

Substrato

Necessita de solo bem drenado e de baixa retenção de umidade. Utilize substrato comercial para suculentas ou prepare sua própria mistura com:

  • 2 partes de areia grossa ou perlita;
  • 1 parte de terra vegetal leve;
  • 1 parte de pedriscos ou casca triturada.

Rega

Durante a primavera e o verão, regue de forma abundante, mas espere o substrato secar completamente antes da próxima rega. No inverno, reduza a frequência e molhe apenas o suficiente para evitar o murchamento das folhas. O excesso de água pode causar apodrecimento do caule.

Adubação

Fertilize ocasionalmente durante o período de crescimento com adubo equilibrado (NPK 10-10-10) diluído à metade da dose recomendada, aplicando a cada duas semanas. Suspenda a adubação no inverno.

Replantio

A planta se beneficia de replantios regulares. Troque o vaso a cada dois anos, preferencialmente na primavera, utilizando um recipiente ligeiramente maior para estimular o crescimento saudável.

Propagação

A Kalanchoe daigremontiana é uma das suculentas mais fáceis de propagar. As pequenas mudas que surgem nas bordas das folhas já possuem raízes e podem ser destacadas e plantadas diretamente em substrato úmido. A primavera é o melhor período para realizar o transplante dessas mudas.

Toxicidade

Não é tóxica para seres humanos, mas deve ser mantida fora do alcance de cães e gatos, pois sua ingestão pode causar vômitos, diarreia e alterações cardíacas.

Resumo rápido

  • Nome científico: Kalanchoe daigremontiana
  • Nome popular: Espinha-Dorsal-do-Diabo, Mãe-de-Milhares, Planta-Jacaré
  • Origem: Madagascar
  • Altura: até 1 metro
  • Flores: rosadas a lilases, pendentes, inverno
  • Iluminação: sol pleno ou luz intensa
  • Substrato: arenoso e bem drenante
  • Toxicidade: tóxica para animais domésticos

A Kalanchoe daigremontiana é uma suculenta fascinante pela forma de propagação e pela rusticidade. Com luz adequada, solo seco e boa ventilação, torna-se uma planta de destaque em qualquer coleção de suculentas tropicais.

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